Sabia que para a realização e satisfação pessoais, se torna mais importante investir num processo de desenvolvimento individual, procurando por exemplo modificar a sua forma de estar e fazer, do que tentar mudar o seu cônjuge, os seus pais, os seus irmãos, os seus amigos ou o seu superior na empresa? E que aliar o prazer, à consistência e ao significado pessoal são as chaves-mestras para enraizar e consolidar a mudança no sentido do desenvolvimento pessoal?
RITUAL: Relembre com frequência as razões para a mudança, o que ajuda a interiorizar a nova forma de pensar e de agir. Em vez de pensar que se vai restringir ou privar dos antigos hábitos “confortáveis”, reflita no sofrimento que por vezes causam (a si e aos outros), fazendo uma lista de determinadas formas de agir que lhe são características e as consequências que já causaram (procure usar situações e exemplos concretos).
A grande maioria de nós, com maior ou menor frequência, gostaria de ver modificados um ou mais dos seus comportamentos habituais; sejam eles no campo profissional, nas relações interpessoais ou até em pequenos costumes e atitudes quotidianas. Ou porque causam insatisfação e frustração pessoais, ou porque interferem na liberdade de quem nos rodeia e, indiretamente, acabam por limitar também o nosso conforto e realização pessoal.
Contudo, a adoção de novas formas de ser e de estar nem sempre surge quando queremos nem à velocidade que idealizamos. Aliás, regra geral, este é um processo lento, progressivo e dinâmico (com avanços mas também com recuos), que pela sua novidade pode gerar ansiedade e stresse negativo e uma perceção de incompetência na sua gestão.
Não admira portanto que, pelo desconhecido que representa, a mudança pessoal seja intimidante para muitas pessoas e resulte frequentemente em desistência e insucesso. Mesmo assim, e não perdendo de vista a grande complexidade que caracteriza o ser humano e a imprevisibilidade dos mecanismos que despoletam a mudança, o planeamento das metas a atingir e dos principais passos para o conseguir é certamente uma mais-valia para o sucesso da tão desejada mudança. Sonhe, porque sonhar é crescer!
Considerações:
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Estipule metas objetivas e tangíveis e estabeleça os passos mais estratégicos para as alcançar. As metas ajudam-nos a estruturar o caminho a seguir (e a encontrá-lo de novo quando dele nos afastamos) e determinam, seguramente, o resultado final do processo. Já pensou que a indefinição de objetivos pode ser a principal razão de um rumo desnorteado?
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Elabore uma lista com as barreiras que com mais frequência limitam a concretização dos seus objetivos, tarefas e projetos, e procure identificar e implementar possíveis soluções para resolver estes e outros problemas, eliminando ressentimentos e culpas que mais tarde poderiam afetar a sua energia renovadora.
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Centre-se no que de bom poderá conseguir: maior autoestima, maior perceção de competência e maior realização pessoal são alguns dos inúmeros benefícios.
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Procure que o caminho para a mudança seja agradável, mantendo-se fiel aos princípios delineados. A auto-motivação e a monitorização pessoal contribuem em grande medida para o progresso. Sabia que também as pessoas que se exercitam regularmente são “atacadas” pela preguiça? É no que fazem para lhe dar resposta que reside a “ciência”!
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Seja suficientemente flexível para reestruturar os seus objetivos, caso entenda serem desadequados, e evite atitudes demasiado rígidas, que frequentemente nos privam de saborear a vida com alegria e entusiasmo.
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Utilize a auto-monitorização como ajuda complementar no seu processo de mudança comportamental. Efetuar registos diários (ou com a maior frequência possível) da atividade física que realiza, do seu dia alimentar, ou de outros comportamentos que deseje alterar (p.ex. número de vezes que vai mensalmente à biblioteca municipal ou que leva o almoço de casa para o trabalho), proporciona uma maior consciencialização e perceção dos progressos e melhorias sucedidas.
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Repense as prioridades que geralmente estabelece para o seu dia a dia. Será mais importante lavar a louça imediatamente depois do jantar ou caminhar 30 minutos em torno do quarteirão? Beber café numa cafetaria barulhenta ou passear com um amigo/colega de trabalho no jardim mais próximo? Dividir as tarefas domésticas por todos os elementos da família e partilharem uma atividade divertida de seguida ou sobrecarregar-se sozinho(a) com todas as tarefas?
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Repita frequentemente os novos hábitos e atitudes que pretende adotar, procurando alterar os automatismos indesejados que durante anos se “alojaram” na sua forma de ser/estar. As grandes mudanças comportamentais fazem-se passo-a-passo.
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