Sabia que a adoção de comportamentos e pensamentos dicotómicos – como por exemplo sim/não, mal/bem ou certo/errado – no nosso dia a dia em geral e na nossa alimentação em particular, resulta frequentemente em frustações e sensação de falta de controlo na nossa vida?
RITUAL: Registe os momentos em que se desviou das intenções e planos alimentares, identificando o erro cometido e superando estes episódios sem se culpar demasiado.
A alimentação, para além de representar uma resposta natural às necessidades fisiológicas humanas, é também uma inegável fonte de prazer. Em algumas ocasiões, este prazer e conforto resulta numa tendência para uma maior ingestão de alimentos na ausência de fome fisiológica, aspeto que, por si só, não deve ser encarado como pouco saudável nem tão pouco patológico.
Apesar de geralmente a ocorrência destes acontecimentos não representar uma fonte de preocupação em pessoas satisfeitas com o peso corporal, o mesmo pode não acontecer nos indivíduos que procuram a sua redução. De facto, são bastante conhecidos relatos de sensação de perda de controlo – verificados em expressões como “Já que abusei, perdido por 100, perdido por mil…” - e sentimento de culpa após uma ingestão alimentar excessiva, e são estas particularidades que se podem tornam patogénicas. De facto, quando levadas ao extremo, podem aumentar o risco para a nossa saúde física, mental e social, pelo que a adoção de estratégias que permitam uma melhor adaptação a estas fenómenos - ao invés de os tentarmos contrariar a todo o custo – se torna importante.
Por outras palavras, é fundamental entender-se que a existência de um controlo flexível da alimentação, onde a imposição de regras rígidas não deve ter lugar, conduz mais facilmente a um bem-estar completo, evitando episódios de restrição/compulsão alimentar frequentemente associados a um aumento de peso corporal.
A CONSIDERAR:
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Registe os momentos em que sentiu ter perdido algum controlo sobre a sua alimentação e anote também o ambiente em que esse acontecimento teve lugar. Progressivamente, será mais fácil conhecer-se a si próprio(a), consciencializar-se de potenciais situações de risco e encontrar estratégias para as prevenir ou antecipar.
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Utilize a atividade física para compensar as ocasiões onde não conseguiu evitar uma maior ingestão alimentar, em vez de se culpabilizar por isso.
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Quando prevê que está eminente uma situação de maior ingestão alimentar, procure sair desse ambiente. Convide 2-3 amigos para caminhar um pouco ao ar livre ou afastem os sofás da sala e improvisem uma pista de dança!
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