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Os Rituais     Nutrição

Lave as mãos antes de pegar ou preparar os seus alimentos, bem como depois de ir à casa-de-banho, depois de manipular alimentos crus, depois de efetuar limpezas ou mexer no lixo e antes de comer.

Segurança Alimentar na Cozinha

Sabia que de acordo com a Organização Mundial de Saúde, um em cada três habitantes de países industrializados sofre anualmente de infeções e intoxicações alimentares (contaminações por microrganismos hospedados nos alimentos)? E que no verão estes casos são bastante mais frequentes devido à temperatura ambiente elevada, pelo que se tornam fundamentais cuidados redobrados na confeção e conservação dos alimentos?

RITUAL: Dê mais “movimento” à sua cozinha, cozinhando refeições mais saudáveis e nutritivas que comummente encontramos nos restaurantes, mas privilegiando sempre o desenvolvimento e implementação de estratégias de segurança alimentar, importantes para a saúde do seu agregado familiar.

A segurança alimentar tornou-se um tema de grande mediatismo nos meios de comunicação social portugueses, ao longo dos últimos 1-2 anos. Infelizmente, não pelas melhores razões, na grande maioria das vezes. Restaurantes, padarias e outras empresas de produtos alimentares foram encerrados por falta de higiene, toneladas de alimentos foram apreendidos devido ao seu transporte precário e até alguns produtos alimentares regionais viram o seu comércio interdito. Todas estas autuações apresentam um aspeto comum: a possibilidade dos géneros alimentícios em questão, mesmo quando preparados e ingeridos de acordo com as normas previstas, causarem danos à saúde do consumidor.

E se a entidade que mais responsabilidades tem nesta área (ASAE, Autoridade de Segurança Alimentar e Económica) muitos esforços tem desenvolvido para garantir a inocuidade dos alimentos que diariamente consumimos, cabe-nos também adotar procedimentos e regras específicas que contribuam para uma cadeia alimentar segura, em conformidade com as orientações da União Europeia.

Esta implementação de práticas de segurança alimentar eficazes tem de facto uma importância cada vez maior. Se entre os adultos mais velhos ainda é comum ouvir-se dizer “antigamente tudo se comia e nada fazia mal”, o certo é que atualmente tanto as práticas agrícolas como o estilo de vida se diferenciaram bastante em relação às tradições mais remotas, remetendo para novas preocupações. O aumento da utilização de fertilizantes e pesticidas (e com eles a resistência dos microrganismos patogénicos às condições desfavoráveis que tentamos criar), o pressuposto de que “se tem bom aspeto não é perigoso” e a falta de tempo para uma preparação adequada dos alimentos (na busca de satisfação imediata) são alguns dos aspetos que, na ausência de controlo alimentar, se podem tornar perigosos para o consumidor.

Dado que muitas vezes, não se evitam infeções e intoxicações alimentares porque não se tem consciência de que o perigo pode estar presente (ou das condições que o despoletam), deixamos algumas considerações sobre armazenamento e manipulação de alimentos, práticas de descongelação, higiene pessoal e higiene na cozinha, que deve procurar colocar em prática.

A CONSIDERAR:
  • Lave as mãos antes de pegar ou preparar os seus alimentos, bem como depois de ir à casa-de-banho, depois de manipular alimentos crus, depois de efetuar limpezas ou mexer no lixo e antes de comer. Para isso, recorra a um sabonete líquido anti-bacteriano e, se possível, a água quente.
  • Substitua a toalha de mãos com bastante regularidade. Ter uma toalha de mãos separada dos panos de cozinha ou recorrer ao rolo de papel (opção higiénica mas menos ambiental) são também recomendações a não dispensar.
  • Evite a utilização de joias e adornos nos dedos e pulsos sempre que cozinhar e, no caso de fumar, tenha cuidados adicionais na lavagem das suas mãos e dedos. Também estas fontes de bactérias são facilmente evitáveis.
  • Não permita que os seus animais domésticos tenham acesso à cozinha. Eles representam um meio privilegiado de transporte de bactérias. Evite também a presença de plantas naturais nas bancadas. Os vasos com terra são uma possível fonte de parasitas indesejáveis.
  • Separe o lixo doméstico dos materiais recicláveis (vidro, papel e plástico), mantendo cada um dos reservatórios bem fechados e despejando-os pelo menos uma vez por dia (quem sabe não encontra aqui mais uma excelente oportunidade para subir e descer as escadas do seu prédio?!). Adquira também reservatórios com pedal, evitando o contacto com as mãos, e forre-os com um saco de lixo. Semanalmente, utilize um bom desinfetante para os lavar.
  • Demarque convenientemente os seus alimentos, de forma a prevenir contaminações cruzadas. Como mero exemplo, cortar um alimento já confecionado na mesma tábua onde é realizado o corte de carne por confecionar pode resultar na contaminação do primeiro, uma vez que já não será submetido às altas temperaturas que destroem as bactérias. Armazene também cada um dos alimentos segundo a lógica “primeiro a entrar, primeiro a sair” (p.ex. se adquirir novos iogurtes antes de terem terminado os anteriores, consuma primeiro aqueles que tem há mais tempo).
  • Dispense todos os utensílios de madeira, como as colheres de pau, as tábuas de cortar alimentos, os rolos ou até os talheres com cabo deste material. A madeira abre microfissuras com facilidade, facto que favorece o alojamento de sujidade e bactérias no seu interior.
  • Lave e desinfete os vegetais que tenciona comer crus. Utilizar para esse efeito um recipiente com água com algumas gotas de vinagre é recomendável. No final, passe novamente os vegetais por água corrente.
  • Descongele os seus alimentos no frigorífico ou no micro-ondas. Mantenha também os alimentos a servir frios (p.ex. sobremesas, saladas, queijo fresco) no frigorífico até à hora da refeição e sirva os alimentos quentes logo após a sua confeção. De uma forma geral, a exposição prolongada do alimento a temperaturas entre os 5ºC e os 60ºC oferece condições ideais para o desenvolvimento bacteriano. Pela mesma razão, os alimentos cozinhados deverão ser guardados no frigorífico dentro de 90 minutos após a confeção. A divisão dos alimentos cozinhados em pequenas porções, facilitará o arrefecimento rápido.
  • Não consuma ovos e carnes que não estejam completamente cozinhados. Estes alimentos são particularmente propícios ao desenvolvimento microbiano, uma vez que são ricos em humidade e nutrientes. As carnes picadas e moídas são ainda mais perigosas neste âmbito.
  • Lave a sua loiça na máquina. Para além de poupar bastante água, como a temperatura desta é bastante elevada (cerca de 70ºC), serve de desinfeção.

Image courtesy of FrameAngel / FreeDigitalPhotos.net

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