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Há quanto tempo não reserva um fim-de-semana para os seus familiares e/ou amigos? Ou não os convida para um serão em sua casa?

Invista nas Relações Pessoais

O aumento do número de pessoas solitárias é um fenómeno social cada vez mais notório, com implicações preocupantes a nível do bem-estar físico e psicológico. Entre outros fenómenos nocivos, o enfraquecimento do sistema imunológico e consequente maior tendência para contrair infecções e doenças crónicas, é uma particularidade frequente destas pessoas.

Falamos deste tipo de isolamento quando evocamos a sensação de não ter ninguém com quem possamos compartilhar os nossos sentimentos mais íntimos ou até quando sentimos que não existem contactos próximos e significativos à nossa volta. Assim, a solidão não está apenas presente quando se passa muito tempo só ou quando há falta de contactos familiares, mas também quando se verifica a falta de um “confidente”. Por outras palavras, não é necessariamente o número de relações interpessoais que traduz (ou não) a realização e satisfação relacional, mas sim a qualidade, proximidade e disponibilidade dessas relações.

São vários os factos que têm contribuído para o crescimento do isolamento social. A limitação física, que acondiciona muitos idosos não só em grandes prédios urbanos como também em casas menores (mas igualmente distantes do olhar de todos nós); a competividade no meio laboral, que propicia a privação de tempo para as actividades familiares e de tempos livres em prol de um excessivo número de horas em tarefas profissionais; e, entre os jovens e adultos mais novos, a utilização excessiva da internet. De facto, a navegação pelo espaço cibernáutico, veio ocupar o tempo que se poderia dedicar ao convívio social, às caminhadas na praia, às brincadeiras de rua, ao pôr do sol… Muitas serão as pessoas que, hoje em dia, conversam com amigos (e desconhecidos) apenas pela internet, os que compram uma boa parte das compras por este meio e os que tornaram o seu escritório a principal divisão da sua casa.
Estas mudanças significativas no comportamento social e individual das pessoas, para além de aumentarem o isolamento, agravam-no. E talvez até o tornem analógico aos efeitos das drogas pesadas: “Quanto mais isolados estamos, mais isolados queremos estar”. Há quanto tempo não reserva um fim-de-semana para os seus familiares e/ou amigos? Ou não os convida para um serão em sua casa?

Deixamos outras sugestões que podem ajudar a reencontrar o bem-estar porventura esquecido.

  • Reserve alguns momentos da sua agenda semanal – como por exemplo a hora de almoço, o serão de sábado (programa cultural?!) e/ou a manhã de domingo (marcha/jogging?!) – para reunir com o seu círculo de amigos e desfrutar das relações de amizade que mais privilegia.
     
  • Tenha presente que à semelhança de qualquer outro tipo de relação (amorosa, profissional, circunstancial) também as amizades devem ser investidas, cultivadas e cuidadas! Neste contínuo processo de trocas, aquilo que damos desejavelmente será proporcional ao que recebemos. Aprenda a ser proactivo e inovador neste campo da sua vida, agendando tempo de qualidade para as suas amizades.
     
  • Comece por abrir a sua agenda de contactos e ligue para os amigos com quem não fala há muito tempo, especialmente aqueles com quem manteve uma ligação afectiva mais próxima. Quem sabe no decorrer da conversa não se proporciona a marcação de um jantar ou de uma viagem inesperada?
     
  • Se alguma parte da sua rede de amigos se encontra indisponível por motivos profissionais ou de residência, não desanime! Procure então privilegiar (e distinguir) as relações mais próximas (com amigos cuja companhia prezamos independentemente de uma situação de interesse comum) e não tanto as relações casuais ou de circunstância (cuja companhia apreciamos dependendo da situação em que estamos).
     
  • É daquelas pessoas que tem sincera vontade de se reunir com o círculo de amigos mas simplesmente não consegue gerir o seu tempo de forma a encontrar um espaço para esse fim? Uma boa sugestão é a de aproveitar os intervalos de almoço ou os horários pós-laborais para pôr em dia a sua rede de contactos. Combine um café ao final do dia, um almoço semanal, uma reunião em sua casa ou um programa cultural em companhia de um amigo.
     
  • Outra solução será compartilhar alguns dos seus momentos de lazer (como a pratica de exercício físico) com os seus amigos mais próximos. Porque não convencer a sua melhor amiga a ir ao seu ginásio? Ou combinar uma partida de ténis com um amigo que aprecie essa actividade? Porque não constituir um grupo de jogging entre amigos? Ou combinar assistir a um DVD em casas de amigos alternadas? Ou até um jantar mensal em que cada um executa a sua especialidade culinária?
     
  • Faça um planeamento antecipado do seu fim-de-semana, de forma a gerir melhor o tempo e agendar deliciosos momentos junto dos seus amigos.
     
  • Há quanto tempo não se reúne com os seus amigos de liceu? Ou com aquele grupo da faculdade? Que tal um evento informal com os seus colegas de trabalho? Não espere para ser convidado! Empenhe-se na organização destes pequenos eventos pois, como sempre, o que mais custa é o primeiro passo.
     
  • Como também a família faz parte do nosso nicho de amizade, já pensou em organizar uma reunião familiar onde estejam presentes o maior número de elementos possível? E porque não tentar que haja uma data fixa para que esses encontros ocorram?
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