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Motivação   

A Entrevista Motivacional preserva a autonomia, oferecendo estrutura e informação quando solicitada.

Estilos de Aconselhamento

É possível pensar nos estilos de aconselhamento ao longo de um continuo em que num extremo se encontra os estilos mais diretivos, baseados na transmissão de conhecimentos, instruções e conselhos (por exemplo, o ensino tradicional). No extremo oposto encontram-se estilos mais livres e exploratórios (como o coaching), em que o entrevistador se interessa no que o cliente tem para dizer e se inibe de qualquer opinião. Entre estes encontra-se a Entrevista Motivacional que, preservando a autonomia, oferece estrutura e informação quando solicitada. 

Entrevista Motivacional

A entrevista motivacional (EM) é um estilo de aconselhamento que surgiu da prática clinica no tratamento de comportamentos aditivos, tendo sido alvo de aperfeiçoamento, estudo e desenvolvimento de instrumentos de aferição de qualidade. É um método centrado na pessoa que procura, através da resolução da ambivalência (i.e. argumentos a favor e contra a adopção de uma dado comportamento) e do aumento da frequência do discurso de mudança (i.e. a favor da mudança), predispor o individuo para o comportamento que mais se adequa aos seus objetivos de saúde. O seu foco é a construção de um discurso de mudança, como mecanismo central na modificação comportamental baseada na satisfação da necessidade de autonomia.

Assenta na parceria entre o terapeuta e o seu interlocutor (EM é feita para e com a pessoa), na aceitação da situação apresentada, no sincero interesse e empenho no bem estar do cliente e na evocação das razões da mudança para resolver a ambivalência.

Utiliza o discurso de mudança, como resultado da resolução da ambivalência que suportava o status quo, para suportar o planeamento da mudança. Quando o foco estiver no discurso de mudança, ignorando a qualidade da motivação, esta mudança poderá sobrepor-se aos seus motivos e reforçar o carácter externo da mudança. Atualmente há manuais de EM, com guiões de aplicação, códigos de aferição da competência e qualidade, assim como uma crescente quantidade de ensaios clínicos que a testam. Embora tenha sido desenvolvida em resposta a uma necessidade de prática clínica, verifica-se uma crescente aproximação à ciência e aos modelos teóricos que a podem suportar.

Coaching

O Coaching para a saúde deriva de uma abordagem concebida para o mundo empresarial, que foi sendo adaptado às mais variadas áreas (Desporto, Saúde, Relacionamentos, Estilo de Vida, entre outras). Embora utilize alguns princípios da terapia centrada na pessoa (ausência de  julgamento, foco no cliente, aceitação e empatia) a condução da interação depende da Escola ou Corrente seguida e, em última instância, da interpretação que cada Coach faz das recomendações.

Fruto dos alegados resultados conseguidos em diferentes contextos, o Coaching possui um crescente grupo de seguidores. A ausência de um quadro normativo consensualmente aceite, que oriente os profissionais na aplicação do método, propicia a proliferação de “correntes” de Coaching. Existem algumas entidades que tentam tutelar e regulamentar a ferramenta em si, bem como o acesso à “carreira”, porém continuam a surgir com frequência novas escolas e métodos, muitos deles resultantes da combinação de outros. Um perigo adicional é o de considerar o Coaching como prática psicoterapêutica que pode ser aplicada por todos, mesmo sem formação de base em Psicologia.

 

Image courtesy of imagerymajestic / FreeDigitalPhotos.net

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